A morte de Neulizete de Souza Ferraz, conhecida como Lia Hollywood, reacendeu discussões sobre ataques de cães e trouxe novos desdobramentos na Região dos Lagos.
Segundo relatos de pessoas próximas à família, a ex-chacrete, de 66 anos, foi vítima de um ataque violento do pitbull de seu próprio filho dentro de sua residência, localizada na Praia do Sudoeste, em São Pedro da Aldeia.
A morte da ex-chacrete Índia Potira comoveu os fãs
De acordo com relatos, o mesmo animal já havia atacado outras pessoas, e algumas delas possuíam medidas protetivas contra o dono do cachorro.
Lia sofreu ferimentos extensos nos braços, no rosto e nas pernas. As fraturas expostas exigiram atendimento médico imediato. A artista foi levada ao Pronto-Socorro de São Pedro da Aldeia e, devido à gravidade de sua condição, foi transferida para o Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama.
A equipe médica adotou todas as medidas possíveis, mas foi necessário amputar o braço direito da ex-dançarina para controlar os danos.
Após semanas internada, sua condição permaneceu delicada. Na última sexta-feira, 28 de novembro, houve uma rápida deterioração do estado de saúde. Ela foi intubada e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias, sendo que a primeira durou cerca de nove minutos. Infelizmente, a ex-chacrete não resistiu.
A relevância das Chacretes
Lia Hollywood fez parte do extinto “Cassino do Chacrinha”, que fez sucesso na televisão brasileira durante as décadas de 1970 e 1980. As chacretes eram figuras centrais no programa, ajudando a moldar a identidade visual e o ritmo frenético da atração, influenciando gerações e ampliando a participação feminina no entretenimento.
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Ao lado de personalidades como Rita Cadillac e Índia Potira, Lia conquistou espaço, carisma e reconhecimento, criando uma imagem que se tornou símbolo de um período.
Seu nome artístico foi inspirado na atriz Lia Torá, pioneira brasileira em Hollywood e que participou de produções como “The Veiled Woman” (1929). A escolha reforçava a conexão da ex-chacrete com a história do audiovisual e a memória afetiva de quem vivenciou a era Chacrinha.
Embora o ataque tenha ocorrido há mais de um mês, a Polícia Civil do Rio de Janeiro só iniciou a investigação após a morte de Neulizete. O caso foi registrado na 118ª DP, em Araruama, e posteriormente transferido para a 125ª DP, em São Pedro da Aldeia.
A instituição ainda não divulgou a tipificação do crime. Não houve confirmação sobre a atuação da Polícia Militar no dia do ataque.
O corpo de Lia será velado e enterrado neste domingo, 30 de novembro, no Cemitério Jardim Park da Saudade, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.