Nesta quarta-feira, 17 de dezembro, a assessoria jurídica da Agroplay, empresa que gerencia a carreira de Ana Castela, divulgou uma nota de repúdio devido à repercussão de declarações feitas pela influenciadora Vivi Wanderley e suas amigas a respeito da cantora sertaneja.
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No comunicado, a equipe enfatizou que o vídeo que se tornou viral ironizava a sexualidade da artista de forma pejorativa, transformando o assunto em alvo de zombaria pública.
“É necessário educar e traçar limites. A sexualidade de uma mulher não é ofensa. No entanto, o contexto é tudo. Quando utilizada por pessoas sem intimidade em um tom de zombaria, e associada a críticas sobre a aparência física (‘estrutura óssea’) de uma jovem de 22 anos, a expressão deixa de ser sobre identidade e passa a ser uma arma de agressão e body shaming. Isso anula qualquer justificativa sob o argumento de ‘liberdade de expressão’”, diz um trecho da nota.
Leia na íntegra:
“A assessoria jurídica do Grupo AgroPlay, que administra a carreira da artista Ana Castela, vem a público repudiar os ataques proferidos por influenciadoras digitais nesta semana.
É preciso educar e estabelecer limites. A sexualidade de uma mulher não deve ser ofendida. No entanto, o contexto é essencial. Quando utilizado por pessoas sem intimidade, em tom de zombaria e associado a críticas sobre a aparência física (“estrutura óssea”) de uma jovem de 22 anos, o termo deixa de representar identidade e se transforma em uma arma de agressão e body shaming. Isso elimina a defesa da ‘liberdade de expressão’.
Não permitiremos que a orientação sexual (real ou especulada) do corpo de uma mulher seja transformada em um “trend” humilhante para gerar engajamento. A internet não é uma terra sem lei.
As medidas judiciais cabíveis estão sendo avaliadas, com o objetivo de garantir reparação, mas também visando à responsabilidade pedagógica.
Ressaltamos que, até o momento, não tomamos nenhuma medida judicial.
Respeito é inegociável.
Agradecemos a cada fã, página e usuário que espontaneamente se posicionou contra o cyberbullying e a favor do respeito.
Ver tantas pessoas compreendendo que corpo e sexualidade não são motivos para chacota e não podem ser usados para engajamento nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. A internet pode ser um lugar hostil, mas é gratificante ver que muitos ainda escolhem a empatia.
Somos gratos e atentos.
Departamento Jurídico.”